12 março 2011

E lá se vai mais um ano de Carnaval em Salvador

Foi diferente. Após oito anos trabalhando com a intenção de levar a alegria para a casa das pessoas, dessa vez pude observar de perto, como foliã, todos os momentos do Carnaval de Salvador . Confesso que prefiro estar trabalhando durante a folia momesca, mas, esse ano, resolvi dar uma descansada. Analisei as transmissões das diferentes emissoras, observei como as pessoas se comportavam no anonimato e me diverti como qualquer outro na avenida.

Tá, curti minha festa nos camarotes espalhados nos quatro cantos dos circuitos, mas, mesmo “de longe”, pude perceber que a quantidade de brigas, assaltos e roubos diminuíram. Também ouvi dizer que a polícia mandou “bater menos porque o circuito está recheado de câmeras para todos os lados”. Talvez minha impressão tenha sido essa porque não cheguei a assistir aos blocos de pagode, sempre os últimos a desfilarem na avenida e responsáveis pelas mais violentas pipocas. Foi-se o tempo em que o Chiclete com Banana e o Asa de Águia eram os principais responsáveis pelas brigas na avenida.

Artistas? Vi uma porção deles. Atores, apresentadores, cantores e até alguns dos participantes do Big Brother Brasil, todos preocupados com o tal do contrato com a Rede Globo. Eles dançaram, beberam, pularam e cantaram, no mesmo ritmo de todos os outros participantes da festa. Não encontrei nenhum artista mal-humorado esse ano.

Quanto aos blocos, o que mais me chamou atenção foi o Crocodilo, da Daniela Mercury. Ele é uma atração a parte no meio de tantos outros. As pessoas não sabem se assistem ao show da cantora em cima do trio ou se olham para os seus associados, formados quase que 100% de homossexuais. Muitos ainda não conseguem conviver com toda essa diversidade promovida por Daniela e se assustam com o comportamento de alguns que estão curtindo por lá, mesmo dizendo não ter preconceitos.

Por fim, deixo a minha indignação com algumas emissoras, baianas ou nacionais, que não souberam dar o devido destaque à grande festa promovida pelos soteropolitanos. Além de comentaristas “crus”, imagens péssimas e tempo de transmissão muito curto.

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